domingo, 24 de março de 2013
FODA
Sabe o que é foda? É perder a melhor amiga, sem motivo algum! E o que é mais foda do que isso? É ela estar feliz e completa e nem se incomodar em tentar me achar. O foda é eu não ser necessário na vida de ninguém. É eu não fazer falta, ou fazer falta, mas não o bastante pro outro vir falar comigo. O foda é ela estar feliz sem mim, e eu estar miserável e deprimido sem ela. Mas o foda mesmo, é eu achar que ela está melhor sem mim, e acreditar que a felicidade dela vale mais do que a minha. O foda de verdade é saber que ela merece ser feliz mais do que eu. E, mesmo que me mate, se ela tá feliz sem mim,, eu quero que continue assim. Só queria que, pelo menos, ela não me esquecesse
terça-feira, 19 de março de 2013
O que dói
O que dói? Dói estar sozinho no mundo. Dói ser adulto por acidente, de repente, sem querer. Dói ter que aceitar a vida como ela é, porque não a pode mudar.
Dói ter tanta coisa pra fazer e acabar não fazendo nada. Querer e tentar dar o melhor pro filho que nem é meu. Dói dar tudo e receber quase nada em troca. Dói ser fortaleza, muralha, defensor contra o mundo. Tomar todas as dores sem que ninguém perceba. E continuar firme e forte, pronto pra mais flechas, e tiros, e ofensas, e desrespeito, e descompaixão, e você-não-é-meu-pai... Dói não ser o pai. Dói não ser o bastante. Nunca. Dói não ser nada.
Dói ser um moleque tendo uma casa, um filho, uma mãe, uma propriedade, uma faculdade, um emprego. E não ter ninguém com quem contar. Dói ter que ser tudo pra todo mundo, quando não sem tem alguém pra ser tudo por mim. Dói ter que estudar francês, pra poder cursar a faculdade; direito, pra que a mãe não caia num golpe; medicina, pra que a mesma não seja cobrada por exames inúteis; pedagogia, pra ensinar ao filho o que a professora não sabe ensinar; e psicologia, pra poder organizar tudo isso em um cérebro TDAH.
Dói me sentir inútil por não conseguir ajudar todo mundo. E dói não poder me ajudar e não conseguir encontrar ninguém que me ajude. Dói porque a vida dói.
Dói ter tanta coisa pra fazer e acabar não fazendo nada. Querer e tentar dar o melhor pro filho que nem é meu. Dói dar tudo e receber quase nada em troca. Dói ser fortaleza, muralha, defensor contra o mundo. Tomar todas as dores sem que ninguém perceba. E continuar firme e forte, pronto pra mais flechas, e tiros, e ofensas, e desrespeito, e descompaixão, e você-não-é-meu-pai... Dói não ser o pai. Dói não ser o bastante. Nunca. Dói não ser nada.
Dói ser um moleque tendo uma casa, um filho, uma mãe, uma propriedade, uma faculdade, um emprego. E não ter ninguém com quem contar. Dói ter que ser tudo pra todo mundo, quando não sem tem alguém pra ser tudo por mim. Dói ter que estudar francês, pra poder cursar a faculdade; direito, pra que a mãe não caia num golpe; medicina, pra que a mesma não seja cobrada por exames inúteis; pedagogia, pra ensinar ao filho o que a professora não sabe ensinar; e psicologia, pra poder organizar tudo isso em um cérebro TDAH.
Dói me sentir inútil por não conseguir ajudar todo mundo. E dói não poder me ajudar e não conseguir encontrar ninguém que me ajude. Dói porque a vida dói.
quinta-feira, 14 de março de 2013
E aí a gente não pode desabafar com a amiga, porque ela acha que a gente tá apaixonado por ela. E tudo que falamos, é sobre ela. E então ela para de falar com a gente.
E a gente tá solteiro, e perde a única pessoa com qual podíamos desabafar. E a gente fica sozinho.E cada vez mais sozinho. Aí os outros amigos perguntam o que a gente tem. E a gente responde: nada, eu sou assim.
Até que a gente realmente se torna assim.
E a gente tá solteiro, e perde a única pessoa com qual podíamos desabafar. E a gente fica sozinho.E cada vez mais sozinho. Aí os outros amigos perguntam o que a gente tem. E a gente responde: nada, eu sou assim.
Até que a gente realmente se torna assim.
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