terça-feira, 19 de julho de 2011

A rede - sinopse do livro que não será escrito

Tive umas ideias há um tempo e pareciam bem boladas, mas quando começaram a se agrupar e formar um enredo literário... eu estava - e ainda estou - muito ocupado com outras coisas. Assim, acho que esse livro nem vai sair da minha cabeça.
Maaasss... tô aqui pra contar um pouco do meu romance mirabolante. Se alguém gostar e quiser escrever, por mim, tá ótimo!


A REDE


Eu sempre quis ser aceito por algum grupo, que alguém soubesse o que eu penso, alguém que me entendesse... Mas não assim.


Daniel perdeu os pais em um acidente de carro quando tinha apenas doze anos. Desde então, foi criado por Clarice, irmã mais velha de sua mãe. Nunca foi de conversar sobre seus sentimentos e aflições com ninguém além de Andressa - uma amiga de infância.
Naquele ano fatídico, além dos pais, Daniel perdera Andressa. Em um sábado qualquer, ela o entregou uma carta, dizendo que teria de se mudar para outro país, devido à tão esperada promoção que o seu pai tinha recebido.
Andressa e Daniel se conheciam desde a primeira semana de vida deles. Com apenas quatro dias de diferença, os dois dividiram a maternidade, a cidade e muitas festas de aniversário durante anos.
Quando entrou na universidade, o jovem sonhador quase não pensava mais em Andressa. Nunca soube pra onde ela tinha viajado, nem se voltaria. Suas vidas tinham tomado rumos diferentes e ele aceitara aquilo.
Com o estranho desaparecimento do seu professor preferido e as pistas indicando Daniel como principal suspeito de um possível homicídio, alguns segredos estavam prestes a ser revelados.
Enquanto Daniel lia o diário do seu pai, imagens de uma mulher de cabelos vermelhos inundavam sua mente. Ela pedia socorro, mãos e algemas se debatiam contra seus braços. E Daniel fechou o caderno velho, mas a moça continuava chorando e chamando por ele.
Clarice entrou no quarto com os olhos cheios de lágrimas.
Acho que já está na hora de você saber de tudo, meu filho...


"Treze anos. Exatamente treze é o número de anos que alguém deve passar com uma pessoa para que se conheçam inteiramente. Alexandre, o Primeiro, foi um grande filósofo e profundo conhecedor da mente humana do século dezenove. Foi ele quem criou o sistema denominado A Rede. Uma ideia simples, mas de ampla utilidade... Um laço entre três pessoas que nunca poderá ser quebrado. Nós escolhemos duas mentes que serão entrelaçadas com outra, geralmente uma delas é o pai ou a mãe. Com você, Daniel, o projeto não pôde ser concluído por causa do... enfim. Seu pai seria a chave para o nosso sucesso. Aquela menina, Andressa, passou doze anos com você, mas... Mas... Acabou."

"Tia, eu não entendo o motivo. Por quê e para quê existe essa rede?"

"Amor, querido. Todo o sentido da vida, de viver e de morrer, está no amor. Alguém que precisa de ajuda não revela sua carência a quase ninguém por se julgar fraco, se o fizer. Havendo uma conexão entre os sentimentos de três pessoas, uma delas pode estar precisando de algo e não dizer nada, que receberá. Você teria um laço com seu pai e com a menina... Se ela precisasse de dinheiro, pediria a você - por pensamento - e você pediria a seu pai. Caso ele não tivesse, pediria a mim. Tudo isso em questão de segundos, sem estarmos próximos nem dizermos palavra alguma."

"Então, essa rede é uma sociedade secreta que serve SÓ pra ajudar as pessoas?"

"É, só isso. Mas você acha que o presidente seria presidente sem a ajuda de ninguém?"

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