quinta-feira, 21 de agosto de 2008

À moça comprometida

Que mania de me apegar facilmente às pessoas... Deus!
Eu não agüento mais isso... e sempre são pessoas erradas... o pior de tudo!
Enfim, ficou meio estranha, mas tá aí.
Sabe aquela pessoa que você nunca deveria ter se apegado e mesmo assim se apegou? Sem motivos, ou lembranças, com um sorriso ou um olhar apenas?
Aquela moça que não merece o teu amor, nem a tua admiração?
Aquela pessoa que nem fez história ao teu lado, nem poderia fazê-la
Pois é, essa é pra ti... L***

A história que não aconteceu (da minha mania de sonhador)



E essa mania que ainda tenho de achar que o mundo é perfeito

Que as coisas são belas e inacabáveis

Desse jeito moleque de querer viver

Querer aprender, querer crescer, querer...


Toda angústia que ainda me mata a cada palavra mal interpretada

A cada vez que respiração é parada e de súbito, volta,

Acelerada.


Dessa mania de ter fé na vida. Pensar na menina que já se foi

Por essas e tantas

De tanto modos, diferentes maneiras, faces, olhares.

Por essas e tantas, que mil romances não foram escritos.


Pelo meu jeito insistente de ver a vida

De sonhar com a realidade, a liberdade perdida.

Por tudo isso, e mais um pouco,

Vejo-me hoje nesse sufoco.


A história, essa é apenas mais uma

Das tantas que não aconteceram

Morreram diante de uma ilusão

Eu não a conhecia, ela também não.


Já conhecendo os trejeitos dessa vida

Eu, sonhador, aluno ainda,

Não busquei a caneta, nem para escrever, a tinta

Esta história que poderia ter hoje vida.


Penso hoje se poderia ser de outro jeito

Eu, como pensador astuto,

Talvez tivesse dito ao mundo

E ao amor, um não, e meu traçado feito.


Ai, dessa mania de sonhar alto

Criança sábia, velho poleiro,

Que de vento em vento desprende o beiro

E atira-se ao inalcançável.


Desta vez temia a sorte,

Receava sobre a morte

Nesta mulher desalmada

Que se fez certa vez amada,

Mas equivocou-se por quem.


Seria eu um delinqüente

Que observando tanta gente

Nesse mundo por andar

Vi-me desconsolado e solitário

Sendo sonhador como sou e então

Quis mais uma vez me apaixonar?


Ai, Musa Inquieta, pois tu és a culpada.

A verdadeira culpada

De todo esse mal que me habita


Por certo nem sabes o que peço

Nas ilustres palavras que teço

Neste pondero meu

Eu apenas desejo que tires

Este olhar que me atormenta


Desta mulher de carne e sangue

Que toda noite me encarcera

Por seus beijos a sonhar


Musa minha apagues essas lembranças

De todas aquelas andanças

Por esse mundo a vagar

Inútil, pierrô solitário,

Que das escolhas se arrependeu.

Atordoado e fadigado,

Por uma história de amor...

Que nunca aconteceu.

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